Diário de Campanha

Dungeons & Dragons - Forgotten Realms 3.5 - São Paulo / SP / Brasil

Aqui está e será publicado todo o meu trabalho como Dungeon Master. A campanha data do início de 2007, onde os seis meses iniciais foram necessários para a criação da estória (história) chamada “Cofre dos Deuses”, composta das crônicas:

“Casa de Prata”; com localização inicial em Lua Argêntea.
“Legiões de Tamoril”; na Cidadela de Tamoril.
“Serpente Branca”; na cidade de Águas Profundas.
“Vingança em Prata”; localizada na cidade de Luskan.

Criei apenas um esboço com fatos importantes, algumas dezenas de Personagens do Mestre e as chaves que poderiam desenvolver a aventura. Tentei tratar as crônicas como estórias relacionadas, porém não lineares, dando aos jogadores a opção de escolher qual delas fazer ou não.

Dungeon Master

19 de mar. de 2010

Personagens (Dungeon Master & Player)

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Bethor "A Fúria"

Bárbaro da tribo do alce, Bethor era filho de Borgothan "A Força" e pai de Beonegar "A Fúria". Aust Galanodel , Valenthe e Ganaron acompanharam Bethor por inúmeras aventuras. O bárbaro sempre visou o poder, ser o mais forte, para que toda essa força fosse utilizada para proteger e liderar os mais fracos.

Bethor "Flagelo do Norte"

A esfera conhecida como Destino concedeu seu desejo, tornando Bethor um poderoso porém cruel guerreiro, sua habilidade de liderança foi ampliada mas seu comportamento caótico também. Ao mesmo tempo que criava e conduzia grupos para governar regiões do norte, destruía seus companheiros sem um motivo aparente. Durante uma crise de fúria Bethor foi desafiado por Ganaron, após uma longa batalha o bárbaro não consegue matar seu amigo e Ganaron se vê obrigado a por um fim no flagelo do norte.

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12 de mar. de 2010

Personagens (Dungeon Master & Player)

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Valenthe

Valenthe, forte e sábia dama da natureza, devota á Mielliki (Senhora da Floresta). Viveu entre os elfos até sua adolescência (parentes de sua mãe), mais tarde resolve conhecer o povo mortal (homens, parentes de seu pai) e passa a viver no sul da floresta da lua.

Em uma de suas viagens encontra Ganaron, Galanodel e Bethor, após ajudá-los em inúmeras situações acaba tornando-se membro do grupo. Sua afeição por aqueles homens é evidente já que seu desejo quando Galanodel ativou a esfera foi; "Que nada possa impedir me de proteger meus caros amigos".

Antes da maldição cair sobre Valenthe, seu amor por Ganaron foi concretizado, viveram juntos intensamente até "o crepúsculo azul". Morta por Uzusccraallepu, retorna na forma de um espectro para proteger Galanodel, tentando ajudá-lo à superar a maldição do dragão azul. Ela é conhecida entre as tribos reptilianas que vivem no covil de Galanodian como "Aurora Azul".


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9 de mar. de 2010

Personagens (Dungeon Master & Player)

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Ganaron "O'Tamoril"

"Minha paixão, meu grande amor, somos almas gêmeas... Mesmo após sua morte, mesmo depois de todas as tentativas de encontrá-la do outro lado, sinto sua presença, seu cheiro, sua pele, sua voz... meu ódio pelo traidor que ceifou sua vida é sempre confrontado por esse lindo sentimento. Seus olhos são uma constante em meus devaneios, daria qualquer coisa para vê-los novamente... Te amo, sempre amarei, mas essa saudade dói e as vezes suportá-la é um fardo pesado demais. Se tu esperas minha chegada no outro mundo saiba que vou demorar, a morte me privou de seu abraço, sou seu servo, seu criado... A imortalidade que me foi dada seria considerada uma bênção por muitos, mas para este pobre homem é a pior das maldições"

---Ganaron "O'Tamoril"

Ganaron

Ganaron, o guerreiro que ao lado de Aust Galanodel, Bethor e Valenthe, formaram o grupo que lutou bravamente em proteção de Faerûn, livrando as terras de inimigos dos povos livres.

A traição de Galanodel foi o marco inicial dos terríveis eventos que ocorreriam em sua vida, além de ser obrigado a matar seu melhor amigo Bethor, "A Fúria", presenciou indefeso Galanodel na forma de Uzusccraallepu assassinar sua amada Valenthe.

Após inúmeras tentativas de suicídio, o próprio Deus da Morte, Kelemvor, aparece diante de seus olhos e diz "Não percebes que não permitirei sua morte, tu serás de grande valia em meus planos, aceita esta demanda e talvez encontrará um dia resposta para sua dor", desse dia em diante Ganaron fica conhecido como "Tamoril" (aquele que não pode ser morto).

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7 de mar. de 2010

Personagens (Dungeon Master & Player)


Van Kane


Jovem de passado misterioso, esperteza e força são suas armas para sobreviver. Mercenário, homem de contratos especializado em rastrear e eliminar, seus alvos raramente escapam de sua adaga envenenada.

Ao final de seu último contrato conhece Drizzt Do'Urden na nova e crescente "Cidadela de Tamoril", algo fez com que Drizzt além de aconselhá-lo, tentar juntar Van ao grupo da "Casa de Prata" (Kane vê a oportunidade de retornar à Lua Argêntea em segurança). Acompanha o grupo, e não compreendendo as motivações de Drizzt e da "Casa de Prata" entrega-se a sua própria, sobrevivência, traindo seus novos companheiros e criando uma aliança com Diewolves.


28 de fev. de 2010

A Guardiã

Nas entranhas da floresta da lua, nos domínios do povo de sangue negro, os guardiões conhecidos como “Espadas de Helm” caem em combate. Um guerreiro após o outro é derrotado diante dos olhos incrédulos de Lion “Lâminas Bastardas”, seu comandante Ghirt “Manopla Guardiã” havia profetizado a queda do grupo. O grande e barbudo guerreiro, uma barba que mais parecia a juba de um imponente leão, não conseguia acreditar que a arrogância o havia cegado, reagir às garras e mordidas de seus inimigos tornou-se irrelevante. A morte de seus bravos soldados era um fardo que não poderia suportar, ao olhar em todas as direções no campo de batalha que a clareira usada como acampamento havia se transformado a glória é vislumbrada na forma personificada de uma guerreira. Lion observa a única sobrevivente lutar com a dignidade que ele próprio havia perdido “Zaidra, não permitirei que tu morras”, recobrado seu espírito de combate e com o propósito renovado Lion abandona seus desafiantes e parte em resgate desferindo golpes furiosos em todos que tentam impedi-lo.

Banhado em seu próprio sangue e com Zaidra em seus braços, Lion corre abandonando suas espadas e seus companheiros, seu sangue ferve e a infecção já é sentida em suas feridas. Após árduos minutos Lion sai da floresta chegando ao caminho que corta o leste em direção à Lua Argêntea, com muito cuidado deposita Zaidra á beira da estrada e uma última saudação é feita à jovem guerreira. Rapidamente retorna às profundezas da floresta gritando e quebrando tudo em sua frente, “Venham malditos! Estou pronto, esmagarei seus crânios com minhas próprias mãos!”.

***

Ao acordar Zaidra depara-se com um estranho homem que possuía cabelos e vestes em tonalidades de cinza idênticas, como se suas roupas fossem feitas de seus próprios cabelos. O homem portava um livro de mesma coloração e com sua mão livre apalpava a cintura de Zaidra, “O que pensa estar fazendo? Homem cinza!”, ao perceber que a jovem havia despertado Ygra conhecido por “Manto Cinza” interrompe a massagem de óleos medicinais, “Passando óleos curativos em suas feridas... e observando seu físico perfeito, deve ser uma poderosa combatente de Helm pelo que vejo”. Alguns segundos passam e Zaidra envergonhada e com seu rosto corado pergunta “Onde estou... e quem é você?”.

“Manto Cinza” um experiente homem, culto e possuidor de conhecimentos que muitos com o dobro de sua idade nunca sonhariam em ter, sabe que a jovem não contará o que promoveu suas feridas, um soldado como aquele nunca contaria seus segredos de missão a um estranho, mesmo que esse estranho fosse seu salvador. “Sou Ygra devoto de Kelemvor, e tu estás no templo de meu Deus em Lua Argêntea... uma caravana de mercadores a encontrou na beira da estrada e chegando a cidade trouxeram seu corpo quase sem vida”. Demonstrando puro desapontamento Zaidra balbucia “Deveria ter permitido a glória da morte”, reclamação essa direcionada não só a intervenção de Ygra, mas como a de seu mestre Lion.

Ygra com um estranho sorriso responde ao desabafo de Zaidra “A morte é justa e nada mais, não existe glória ao morrer, apenas em vida a glória é relevante, na morte são as escolhas que tu fizeste em vida que realmente importam... o fato de estar viva é mérito apenas seu, minha parte ficou restrita em limpar suas feridas e esperar”. Naquele momento Zaidra não tinha como pesar as palavras de Ygra, mas aquele discurso iria ecoar por vários momentos em sua vida.

A porta do quarto estava aberta e a guerreira foi a primeira avistar o jovem, “Bom dia Ygra, bom dia”, a segunda saudação direcionada à Zaidra, “Como está?”. “Ela está ótima”, ao levantar-se Ygra aponta em direção ao jovem “Este é Vellor Trusk, ele está aqui para fazer duas perguntas, responda se desejar”. Vellor adentra o quarto enquanto Ygra sai fechando a porta, o jovem Trusk um homem de poucas palavras, sempre objetivo, estava vestindo sua armadura e portando suas armas. Seu mestre e líder da igreja de Kelemvor em Lua Argêntea, Klabec “Manto Negro”, havia ensinado que ser objetivo e desconfiado são virtudes vitais para sobrevivência. “Seu nome e função no clero de Helm”, Vellor completa “responda”, sua voz e expressão desprovidas de emoção intimidariam muitos homens, mas não aquela guerreira.

“Zaidra é meu nome, devota do guardião”, cheia de orgulho completa “Sou guardiã”, nem a pior das torturas poderiam extrair respostas de um guardião e Vellor sabia disso. A curiosidade de seu mestre não seria satisfeita dessa vez, Trusk remove seu elmo e com um olhar mais suave pergunta “Guardiã Zaidra, deseja que o templo de Helm seja informado de sua presença?” Surpresa Zaidra responde “Sim, seria bom”. “Considere feito, agora descanse” Vellor sai do quarto deixando Zaidra confusa.

***

Saindo do quarto Trusk avista Ygra sentado em uma poltrona ao final do corredor, enquanto o homem de cinza toma sua leitura o jovem Vellor aproxima-se.

“Sobre a reunião, Klabec expediu alguma ordem?” Ygra fecha seu livro e ao levantar responde “Sim, mas a ordem foi direcionada à minha pessoa, o mestre Klabec não citou seu nome” “Não compreendo, minha presença não será permitida? Devo recusar o convite de Diewolves?” Vellor indaga mostrando um raro nervosismo.

“Calma Vellor, faremos exatamente o que foi combinado até agora, a única mudança é que tu estas livre para escolher”. Ygra percebe que Vellor continuou não entendendo e assim completa “Esta livre para escolher, siga seu coração, siga o que achar verdadeiro e justo... estarei pronto antes do crepúsculo, espero você no salão principal” fazendo um sinal de despedida Ygra entra em seu quarto fechando a porta e deixando Vellor para trás.

***

A mulher, conhecida como Zaidra, A Guardiã, possuía físico fora do comum até mesmo quando comparado ao de um homem, sua musculatura era perfeita, sua vida foi forjada no fogo do combate e o treinamento que recebeu de Lion poucos homens suportariam. Graças aos cuidados de Ygra e sua saúde impecável já estava completamente curada.

Pouco depois do almoço, no exato momento que o criado retirava os utensílios utilizados na farta refeição de Zaidra, o jovem Trusk adentra o quarto. “Guardiã! Localizei teu mestre, Ghirt anseia por reencontrá-la” diz Vellor demonstrando plena satisfação ao completar mais essa demanda, “Irei escoltá-la, partiremos imediatamente”, Zaidra aprova as palavras de Trusk e inicia os preparativos.

Não muito tempo depois os dois jovens estavam aos pés da escadaria do templo branco e cinza, observando o mármore, o marfim e o aço, que combinados formavam um dos mais belos e imponentes edifícios de Lua Argêntea. “Boa sorte soldado, conforto e justiça Guardiã” Vellor diz enquanto toma o caminho de volta.

Zaidra é recepcionada por um noviço e levada imediatamente ao salão principal. Cercado por muitos alunos, Ghirt, ao perceber a chegada de Zaidra interrompe a aula, parte em direção da guerreira com seus braços abertos e um semblante pesado. “Oh minha irmã, que os erros de Lion, seu mentor, sejam analisados e convertidos em sabedoria para que não venham a ser repetidos”, Zaidra ao ouvir tais palavras não consegue controlar sua língua e responde ao seu superior esquecendo-se brevemente da hierarquia que a comanda. “Ó senhor e mestre, nunca deveremos esquecer Lion, Lâmina Bastarda, um poderoso e digno soldado desta igreja, e o maior devoto de Helm que já conheci. Sua queda é considerada um erro apenas por não ter saído vitorioso em sua ultima batalha? Detalhe que impede o senhor e muitos outros considerarem o leão de Helm um verdadeiro herói!”, a ousadia de Zaidra não incomoda o clérigo, normalmente Ghirt é um homem duro e muito ligado ao poder hierárquico, mas sabe que a jovem tem razão em alguns pontos. “Sim minha cara, Lion foi um herói, prova disso é você aqui em carne e osso desacatando seu mestre...” após um momento de tensão Ghirt abre um sorriso e abraça Zaidra, “Vamos soldado, vou precisar de sua espada ainda hoje e temos muito a conversar”.

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