Diário de Campanha

Dungeons & Dragons - Forgotten Realms 3.5 - São Paulo / SP / Brasil

Aqui está e será publicado todo o meu trabalho como Dungeon Master. A campanha data do início de 2007, onde os seis meses iniciais foram necessários para a criação da estória (história) chamada “Cofre dos Deuses”, composta das crônicas:

“Casa de Prata”; com localização inicial em Lua Argêntea.
“Legiões de Tamoril”; na Cidadela de Tamoril.
“Serpente Branca”; na cidade de Águas Profundas.
“Vingança em Prata”; localizada na cidade de Luskan.

Criei apenas um esboço com fatos importantes, algumas dezenas de Personagens do Mestre e as chaves que poderiam desenvolver a aventura. Tentei tratar as crônicas como estórias relacionadas, porém não lineares, dando aos jogadores a opção de escolher qual delas fazer ou não.

Dungeon Master

8 de ago. de 2012

Dica do Mestre: "As preocupações dos poderosos"



Quando o Dungeon Master insere um personagem famoso na campanha ele deve tomar muito cuidado, pois quanto mais importante e poderoso o personagem é, mais responsabilidade o mestre terá na condução das atitudes do mesmo. Já conheci jogadores que odiavam NPC's, principalmente os famosos, pois já haviam tido experiências negativas com outros mestres. Aquela mania brasileira de dar "carteirada" também ocorre nas mesas de jogo, e talvez esse seja o principal motivo do grande ódio pelos poderosos e famosos. Por outro lado os jogadores devem entender que ícones sempre existirão, e com "trabalho duro", perspicácia e sorte seus personagens também poderão entrar no seleto grupo dos célebres.

No passado quando um jogador me indagou sobre o porque do NPC não resolver sozinho aquela demanda, já que possuía recursos para tal, lembrei das sábias palavras de Elminster Aumar:




"Existe um momento em que todos os estudantes e muitos mercadores, fazendeiros e até reis, exigem a mesma resposta de mim:

- Por que, ó intrometido e poderoso mago, não corrigistes os desonestos? Por que não atacaste diretamente o mal que ameaça Faerûn? Por que todos os poderosos de bom coração simplesmente não endireitam as coisas?

Eu ouvi esse apelo tantas vezes. Agora, escutai, final e definitivamente, minhas respostas dos motivos que "impedem" os grandes e poderosos de consertarem Toril inteira num único dia.

Primeiro: não há segurança que aqueles entre nós com poder e inclinação suficiente sejam capazes de concluir um décimo da tarefa solicitada. De fato, as forças assomadas contra nós são imensas e sombrias. Eu poderia surpreender Manshoon ou o velho Szass Tam e eliminar um deles da superfície de Toril - ou ele poderia fazer o e mesmo comigo. Só os heróis imprudentes e inexperientes lançam-se à batalha quando a vitória não está assegurada.




Segundo: os sábios entre nós sabem que nem mesmo os deuses conseguem prever todas as consequências das suas ações - e todos nós já vimos exemplos demais de iniciativas benéficas se transformando em algo maligno ou indesejado. Nós aprendemos que se intrometer causa mais prejuízos que benefícios.

Terceiro: poucas pessoas são capazes de concordar sobre o que é certo, o que deve ser feito e qual seria o melhor resultado. Quando consideráreis um golpe poderoso, certificai-vos que todo movimento será anulado por alguém que não deseja o resultado intencionado, está determinado a impedi-lo e preparado adequadamente para devastar-vos, a vosso reino e tomar qualquer medida imprescindível para vos confundir.

Quarto: raramente as grandes mudanças são realizadas com pequenas ações. Quanto trabalho é necessário para construir uma casa? E remodelar um quarto? Quanto trabalho menor, portanto, é necessário para destruir um reino e soerguer outro - com o nome, regente e ordem social da sua preferência - em seu lugar?


Finalmente: Pensais que nós, "os poderosos", somos cegos? Será que não vigiamos uns aos outros, supondo qual a atividade atual de cada um, envolvendo-se com ela e desferindo um pequeno golpe capaz de atrapalhar os objetivos de outro "grande e poderoso"? Nunca estaremos livres desse problema - e isso é bom. Eu me arrepio quando imagino uma Faerûn onde todos os poderosos e superiores concordam perfeitamente em tudo. Esse é o caminho da escravidão dos grilhões e da tirania armada... e se vós desejardes ganhar uma aposta, dedicais vosso dinheiro a afirmar que estamos bem longe de qualquer ordem dessa natureza.


Muito bem. Mais alguma pergunta simplória?"

Elminster Aumar, do Vale das Sombras - Forgotten Realms: Cenário de Campanha 3Ed pag. 84

Quanto mais poderoso você for, mais responsabilidade você terá!


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