Diário de Campanha

Dungeons & Dragons - Forgotten Realms 3.5 - São Paulo / SP / Brasil

Aqui está e será publicado todo o meu trabalho como Dungeon Master. A campanha data do início de 2007, onde os seis meses iniciais foram necessários para a criação da estória (história) chamada “Cofre dos Deuses”, composta das crônicas:

“Casa de Prata”; com localização inicial em Lua Argêntea.
“Legiões de Tamoril”; na Cidadela de Tamoril.
“Serpente Branca”; na cidade de Águas Profundas.
“Vingança em Prata”; localizada na cidade de Luskan.

Criei apenas um esboço com fatos importantes, algumas dezenas de Personagens do Mestre e as chaves que poderiam desenvolver a aventura. Tentei tratar as crônicas como estórias relacionadas, porém não lineares, dando aos jogadores a opção de escolher qual delas fazer ou não.

Dungeon Master

27 de jan. de 2011

Dica do Mestre: NPCs Famosos

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Um assunto que rende muita discussão entre DMs (Dungeon Master) e Jogadores é o correto uso dos famigerados Ícones, personagens famosos do Cenário, conhecidos também por NPCs famosos ou estrelas dos romances (como Drizzt Do'Urden do Robert Anthony Salvatore).

Os jogadores mais entusiasmados com o "Role Play" geralmente adoram interagir com essas figuras, algumas vezes por achar que esse ícone trará veracidade e grandiosidade ao jogo (tornando mais épico). Em outros momentos os jogadores testam a consistência da adaptação que o DM fez, vou explicar; Cada indivíduo possui sua leitura e conceito formado do personagem (famoso), e nem sempre essas opiniões são construídas pelo mesmo material, alguns leram mais livros, outros tiveram contato com mais adaptações do personagem. Isso pode criar desacordos entre jogadores e até entre DMs.

Discussões inúteis, em minha humilde opinião. Vamos utilizar o próprio Do'Urden como exemplo; Para alguns o famoso Drizzt não passa de um chorão desajustado procurando ser aceito, para outros ele é na verdade um bondoso amargurado com conflitos internos mil. Neste caso, ninguém está certo e todos estão errados... Redundância!

Continuando, Drizzt não pode ser definido por simples características e impressões, nem mesmo Salvatore hoje poderia definir com todos os detalhes quem é Drizzt Do'Urden. Personagens como este criam vida, possuem influências em sua personalidade que nem mesmo o autor sabe dizer a origem. Uma interpretação baseada nesses dados, será na maioria das vezes superficial e não condiz com a profundidade do indivíduo. 'Tá certo que hoje em dia dá p'ra encontrar personagens, e até pessoas de carne e osso, com personalidade da profundidade de um dedal com água, mas isso já é uma outra Conversa de Taverna.

Voltando, o que eu quero dizer é: se você DM propôs um jogo no cenário de Forgotten Realms, e utiliza informações oficiais não alterando drasticamente esses dados e sim inserindo material próprio (novo), deixe claro para todos que essas informações oficiais são uma leitura sua como Dungeon Master. Simples assim, avisos e diálogos evitam quase todos os problemas...

...Exceto um, o maior problema que uma mesa de RPG pode ter (minha opinião), o infame, o odioso, o maldito... indivíduo do tipo "Mamãe, ninguém brilha mais do que eu!!!"

Explicando; é aquele cidadão, pode ser jogador ou mestre (DM), que tenta apontar todos os holofotes somente em seu personagem, e depois sai contando até p'ra mamãe o quanto sua criação é fod@. No caso dos DMs é até possível essa situação, com o mestre exagerando no "Role Play" desses NPCs e/ou abusando da participação dos mesmos na estória, ou mais comumente o uso da força bruta, o level ou ND (nível de desafio), para derrotar os aventureiros e "vencer o jogo". Porém, normalmente é entre os jogadores que encontramos esse último caso, com suas Builds de raças de Forgotten Realms com talentos de Dark Sun, magias de Eberron e classes de uma Dragon Magazine perdida, tudo isso em um só personagem que mais parece uma colcha de retalhos, mas esse ai 'tá mais para o jogador do tipo "Eu quero ser Prestige Class GodSlayer, deixa vai DM, eu quero, eu quero, Buááááááááá".

Senhores eu sei, o que conta é a diversão! Mas isso continua sendo hipocrisia, o que foi citado não é D&D, e muito menos RPG, se o jogo se chama Role-Playing Game o foco é a interpretação do personagem, se escolhemos o D&D (não importa a edição), queremos um jogo de RPG com muita ação, estratégia DE GRUPO e combate.

Dungeons & Dragons é um jogo de cooperação entre todos, incluindo o mestre.

Com estes argumentos quero demonstrar que o uso de NPCs famosos normalmente não irá prejudicar o andamento do jogo, isso se o jogo não estiver descaracterizado pela competição dos indivíduos. Vamos supor um jogo de D&D, onde os jogadores disputam entre eles quem faz o personagem mais bem sucedido, e ao mesmo tempo todos tentam derrotar (sabotar) de inúmeras maneiras o mestre (DM), é óbvio que um NPC famoso nesse jogo criaria um enorme desconforto, nenhum destes energúmenos (jogadores) gostaria da presença de um personagem com mais fama, poder ou mais níveis do que eles. Agora veremos por outra perspectiva, continuamos no D&D, mas os jogadores agora tem uma preocupação maior com o grupo e estória, primeiramente eles criam o background dos personagens junto com o DM, desenvolvendo assim uma ligação mais sólida com a idéia que o DM tem para a estória, escolhem características dos personagens pensando no grupo e no cenário da campanha, estratégias e táticas de combate são discutidas para uma melhor sinergia. Tudo isso, mais o empenho de todos em desenvolver a aventura, criará uma solidez irrefutável dos personagens. Me responda sinceramente, um grupo como esse após poucas aventuras, já não poderia conversar em pé de igualdade com Elminster Aumar, por exemplo. Eles teriam o direito de pensar "Fod@-se o ND, nós somos os aventureiros desta campanha, conhecemos todos os detalhes, temos os contatos, sentimos na pele as dificuldades, e chegamos ao ponto de sermos quase indispensáveis para concluir essa demanda"

Bom, essas são opiniões e ideais de diversão no D&D que me agradam.

2 comentários:

  1. Rá na campanha épica q eu estava jogando (agora paramos um pouco e começamos outras com novos chars e a 400 anos depois desta), tinha um player q era meio isso q vc cita no post. O cara jogando de monge halfling, só queria porrada e porrada. Era toda hora querendo rolo, pra ganhar xp. Só queria saber de xp, o q o fazia mtas vezes esquecer da tendência do personagem. E isso irritava mt os outros jogadores, td mundo querendo aproveitar de seus chars de tdas a maneiras e o cara só pensando em xp e dar mais dano q todo mundo. É um saco isso.

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  2. É fod@ mesmo...

    Acho que esse tipo de jogo, "estilo porradaria", até tem seu valor... dependendo de como for feito e como os jogadores encaram, sem essa de disputa de poder, mas sim o foco na estratégia de combate do grupo...

    ...agora, a respeito do jogador suicida comedor de XP; se o grupo e o DM não estão gostando do comportamento só existem dois destinos p'ro cidadão (após ele receber um aviso) , ou ele cria juízo ou tem que ser expulso do jogo p'ra não destruir a diversão dos outros.

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