Diário de Campanha

Dungeons & Dragons - Forgotten Realms 3.5 - São Paulo / SP / Brasil

Aqui está e será publicado todo o meu trabalho como Dungeon Master. A campanha data do início de 2007, onde os seis meses iniciais foram necessários para a criação da estória (história) chamada “Cofre dos Deuses”, composta das crônicas:

“Casa de Prata”; com localização inicial em Lua Argêntea.
“Legiões de Tamoril”; na Cidadela de Tamoril.
“Serpente Branca”; na cidade de Águas Profundas.
“Vingança em Prata”; localizada na cidade de Luskan.

Criei apenas um esboço com fatos importantes, algumas dezenas de Personagens do Mestre e as chaves que poderiam desenvolver a aventura. Tentei tratar as crônicas como estórias relacionadas, porém não lineares, dando aos jogadores a opção de escolher qual delas fazer ou não.

Dungeon Master

8 de set. de 2009

Dica do Mestre: Parte II

A saída de alguns personagens e jogadores atrapalhou o fluxo da estória, e todo personagem novo que é inserido na trama terá uma importância menor comparado aos mais antigos, fica difícil para o mestre construir isso do zero. A regra de criação de personagens também foi um erro, fui flexível e acabei permitindo que os personagens ficassem desequilibrados, o D&D 3.5 é famoso por esse erro e o mestre deve evitar agravar essa falha. Um erro já comentado é a questão da importância, os jogadores devem ser as estrelas da estória, e segundo o livro do mestre de D&D 3.5 os PdM’s devem ter sua importância reduzida na trama, devem dar profundidade e veracidade a própria estória. Concordo plenamente, mas isso não significa que os PdM’s não podem ter personalidade suficiente para mudar ou desafiar os jogadores em seu próprio jogo, eles por muitas vezes são peças chave para o desenrolar da estória e como esses PdM’s serão abordados ou usados é uma questão a ser resolvida exclusivamente pelos jogadores.

Muitos de meus PdM’s eram mais fortes, obviamente já que o nível inicial dos PJ’s era 1 (um), suas personalidades eram as mais diversas como encrenqueiros, sábios, maléficos, simpáticos, arrogantes entre outros, mas novamente não fui surpreendido pelos jogadores que esperavam soluções prontas dos PdM’s amigáveis e criavam rancor pelos PdM’s arrogantes. Quando percebi que minha mesa de cinco jogadores estava reduzida a apenas duas estrelas, tentei reforçar a importância dos outros personagens na estória, mas talvez eu tenha feito isso tarde demais ou tenha falhado mesmo, já que a resposta foi extremamente apática. Responsabilizo a minha pessoa por ter permitido a troca de personagens em plena aventura, isso realmente promove desigualdade de importância entre os personagens. Aconselho que se os jogadores criativos não agüentam terminar um jogo para criar um novo personagem, o mestre deve criar tramas paralelas para satisfazer esse ímpeto criativo.

Outro problema é a síndrome do herói megalomaníaco, o livro do jogador de D&D 3.5 descreve os personagens dos jogadores como heróis, mesmo os de nível um, como criaturas poderosas que comparadas aos outros são especiais. Concordo novamente, mas os jogadores muitas vezes esquecem que sempre existirá alguém mais poderoso que ele, salve a exceção de AO Deus dos Deuses, e que pessoas especiais atraem outras tão ou mais que elas mesmas. O fato da descrição do personagem do jogador ser “um indivíduo especial”, não significa que automaticamente ele seja. O jogador deve criar um personagem especial, não só matematicamente, mas também tornar-lo importante para a trama. Acredito que outro bom conselho seja que quando o mestre possuir jogadores com perspectivas e gostos diferentes, tenha uma abordagem mais rígida e mais restrita com relação a regras de criação de personagens. Em uma situação assim sempre será necessário intervir no ato da criação não só dos personagens como do grupo. O mestre deverá escolher classes e restringir raças ao grupo inicial.

Essas restrições podem frustrar alguns jogadores de início, porém será um mal necessário, já que o desequilíbrio de poder e importância, como já dito, podem destruir o andamento do jogo. Uma regra que pessoalmente me agrada na criação de personagens em D&D, é a de numeração tabelada para a distribuição de atributos. Isso restringe a força dos personagens e cria um sistema mais igualitário, se a sua crônica necessitar de personagens mais fortes eu aconselho que isso seja feito durante a estória, com itens ou outros meios.

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